quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Armas pelos correios?


Uma encomenda armada (literalmente) viajou do interior de Minas Gerais para o Rio de Janeiro. Fuzis de verdade. Um susto dos carteiros quando viram armas que davam para um batalhão inteiro. E uma pergunta do governo do estado: tudo isto não teve escolta policial? A encomenda saiu de uma indústria de armamento em Itajubá, no interior de Minas Gerais, como uma carga normal, até chegar a uma central de distribuição dos correios, na Zona Sul do Rio. Foi na hora de conferir a mercadoria que os carteiros se assustaram. Eram 19 pacotes grandes e pesados, e o endereço não deixava dúvida: o quartel do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar. Ao todo, eram 80 fuzis e carregadores de munição. Os carteiros avisaram à polícia e uma guarnição do próprio Bope foi pegar as armas. O fuzil FAL é o armamento padrão das Forças Armadas Brasileiras e começa a ser usado também por tropas especiais da polícia. A arma é fabricada por uma indústria do Exército no interior de Minas Gerais, a Imbel. O superintendente da empresa, coronel José Renato Brum, reconhece apenas que errou ao não avisar à Secretaria de Segurança de que a carga iria pelo correio. O Exército diz que os correios podem realizar esse serviço especializado. Mas, em nota oficial, a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro diz que foi "surpreendida" pela forma da entrega e que "nunca uma compra teve a orientação de ser entregue pelos correios" por razões de "segurança". O governo do Rio de Janeiro diz que está preocupado como "outros 240 fuzis e mais 20 armas de precisão que ainda vão chegar" vão ser entregues. O sindicato dos carteiros também protestou. Só este ano, até junho, 365 carteiros foram assaltados na cidade, e isso sem carregar fuzis. “Nós entendemos que materiais de suma importância, como esse tipo de material, não seja entregue pelos carteiros. Isso não é o papel do carteiro”, afirma o diretor do sindicato, Henrique José dos Santos. Só no Brasil!!

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