segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Blog Opinião tem cultura tire suas dúvidas

1ª) Inspirar OU expirar?
Vejamos o que dizem os nossos principais dicionários:a) Inspirar: “introduzir (ar) nos pulmões; estimular; influenciar”;b) Expirar: “expelir (ar) pelos pulmões; exalar último suspiro; morrer; chegar ao fim”.

Leitor quer saber qual é a forma correta: “No nosso sistema, o cadastro dos visitantes INSPIRA ou EXPIRA a cada dois meses”?

O que se quer dizer é que o prazo de validade do cadastro dos visitantes termina, que o cadastro perde a validade, que o prazo fica vencido. No sentido figurado, significa que o cadastro “morre”. O correto, portanto, é: “No nosso sistema, o cadastro dos visitantes EXPIRA a cada dois meses”.

2ª) Que é um VELÓDROMO?

Não sei se é verdade, mas um jornalista, leitor desta coluna, garante que um deputado do seu estado criou um VELÓDROMO, que seria o local onde as pessoas velam seus entes queridos.
Isso significa que, para o deputado, VELÓDROMO seria o local próprio para velórios. O que ele fez? Juntou a VELA (dos velórios) com DROMO, que vem do grego e significa “lugar, pista”. Bem criativo!

Se já temos o hipódromo (pista para corridas de cavalos) e o autódromo (para corridas de automóveis) e se já inventamos o sambódromo (local para desfiles de escolas de samba), o fumódromo (local para os fumantes) e o camelódromo (local para as barracas dos camelôs), o deputado se achou no direito de criar o “velódromo”.

O problema é que a palavra VELÓDROMO já existe. Vem do francês vélodrome (vélo=bicicleta + drome=pista), ou seja, há muito tempo que velódromo é o nome que se dá para o local onde ocorrem corridas de bicicletas.

3ª) Grande maioria?
Vários leitores querem saber se “grande maioria” não é uma redundância.Concordo com os leitores quando dizem que não existe “pequena maioria”.
Por outro lado, é interessante lembrar que 50% + 1 já é maioria e que, quando falamos em “grande maioria”, estamos falando em algo em torno de 90%, certamente em algo acima de 80% ou em quase a totalidade.

A meu ver, “grande maioria” se justifica porque tem sentido próprio e não se opõe a “pequena maioria”. Isso significa que não considero “grande maioria” uma redundância.

4ª) Vérsus OU versus OU contra?

A palavra VERSUS vem do latim e significa “contra”. Assim sendo, podemos dizer: “Flamengo versus Fluminense” ou “Flamengo contra Fluminense”.

Quanto à grafia, o melhor é escrever VERSUS sem acento agudo, pois em latim não havia acentos gráficos. Seria o mesmo caso de CAMPUS e HABEAS CORPUS.

O acento agudo só se justificaria se as palavras fossem aportuguesadas: “vérsus, câmpus, córpus”. Teriam acento pela regra das paroxítonas, que manda acentuar as palavras terminadas em “us”: vírus, bônus, ânus.

5ª) Constrangimento ilegal?

Leitor quer saber se “constrangimento ilegal” não seria uma redundância, pois todo constrangimento é ilegal.

Não vejo redundância, embora concorde com o leitor quando afirma que não se fala em “constrangimento legal”.

O problema é que a palavra CONSTRANGIMENTO apresenta várias acepções: “coação; embaraço, vergonha; acanhamento, timidez; aborrecimento, descontentamento”. Isso significa que nem todo constrangimento seja ilegal (= fora da lei ou contra a lei).

Os bancos não vão quebrar, mas precisam voltar aos negócios

A imprensa americana está concentrada na questão essencial para o momento: verificar se o crédito está retornando ao sistema, ou seja, se os bancos estão uns emprestando para os outros e se estão emprestando para as empresas, grandes ou pequenas, para pessoas e para as prefeituras.
O noticiário de hoje revela que houve uma leve retomada do crédito, notando-se ainda redução dos juros – que, entretanto, permanecem caros.
De modo geral, considera-se aqui nos EUA que a primeira fase do ataque frontal à crise foi vencida. Com a múltipla ação coordenada de bancos centrais e dos governos dos EUA e da Europa, eliminou-se a ameaça mais grave, a de que ocorresse uma quebradeira de bancos e um colapso do sistema financeiro, levando junto empresas e pessoas que dependem do sistema da investir e consumir.
Os BCs e os governos disseram: os bancos não vão quebrar, os clientes têm seus depósitos garantidos, empréstimos terão garantia oficial e há dinheiro suficiente para isso tudo. Por isso, houve aquela euforia nas bolsas.
Mas, claro, não acabou. Agora vem a segunda fase, a retomada dos fluxos no sistema financeiro – algo que se fará lentamente. Ao mesmo tempo, há a terceira fase: verificar qual o tamanho do estrago já feito, ou seja, qual o tamanho da desaceleração da economia mundial.
De todo modo, avanços notáveis foram feitos. A reação dos governos europeus foi uma agradável surpresa. Depois de seus governantes terem perdido muito tempo denunciando o cassino americano e dizendo que a crise era do capitalismo americano, tiveram um choque de realidade, deixaram a demagogia populista e acabaram apresentando um plano amplo de ataque à crise.
Em especial, o plano montado pelo primeiro-ministro da Inglaterra, Gordon Brown, o que parecia mais indeciso e mais atrasado, acabou sendo o modelo para todos os outros.
A necessidade faz a virtude – como se viu mais uma vez.

por Carlos Alberto da G1

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Nepotismo: Mais demissões no Senado

O presidente do Senado, Garibaldi Alves, avisa que nesta segunda-feira pode sair uma nova lista de demissões na Casa. São parentes de funcionários que vão perder seus cargos. Tudo indica, segundo ele, que já não há mais parentes de senadores em cargos no Senado.
Desde a publicação da súmula do STF, determinando o fim do nepotismo - a nomeação de parentes para cargos públicos, sem concurso - o Senado já demitiu quase cem funcionários, segundo os cálculos de Garibaldi. Estes, entre parentes de senadores e de altos funcionários administrativos.

por Cristiana Lôbo