terça-feira, 6 de outubro de 2009

PSB também perde

É certo que o governador Eduardo Campos administra a sua sucessão em céu de brigadeiro. São tantos políticos aderindo que, em alguns municípios, ele terá que fazer malabarismo para agradar a tantas correntes antagônicas. Mas o PSB, o seu partido, sofreu baixas. A maior delas se concretizou, ontem, com a travessia do ex-prefeito de Vitória, José Aglailson, para o PSDB.

Nas eleições passadas, Aglailson deu 10 mil votos para Ana Arraes, eleita deputada federal. É uma perda e tanto! Sem base no PSB, Aglailson fez as contas e concluiu que sua eleição de federal seria mais fácil no PSDB. Vota com Eduardo, mas para senador fica com Sérgio Guerra, com quem tem uma relação antiga.

Outra perda do PSB foi a do ex-deputado Carlos Lapa, cuja filha, a deputada Carla Lapa, não tomou a mesma trajetória, porque está encerrando a sua incipiente carreira. Lapa reclama da falta de espaço no Governo, tanto que entregou o comando da Gerência de Educação da Mata Norte, em Carpina, porque a pessoa que indicou virou verdadeiramente uma rainha da Inglaterra.

Ali, quem manda e desmanda é o coordenador político do Interior, Aluizio Lessa, candidato a deputado estadual, acusado de invadir as áreas de parlamentares da base, inclusive do próprio Lapa.

Reflexão diária

Tem Pão velho ai?

Vou contar um fato corriqueiro, que inesperadamente trouxe-me uma grande lição de vida.
Era um fim de tarde de sábado, eu estava molhando o jardim da minha casa, quando fui interpelada por um garotinho com pouco mais de 9 anos, dizendo:
-Dona, tem pão velho?
Essa coisa de pedir pão velho sempre me incomodou desde criança.
Olhei para aquela criança tão nostálgica e perguntei:
-Onde você mora?
-Depois do zoológico.
-Bem longe, hein!
-É...mas eu tenho que pedir as coisas para comer.
-Você está na escola?
-Não. Minha mãe não pode comprar material.
-Seu pai mora com vocês?
-Ele sumiu.
E o papo prosseguiu,até que disse:
-Vou buscar o pão, serve pão novo?
-Não precisa não,a senhora já conversou comigo,isso é suficiente.
Esta resposta caiu em mim como um raio. Tive a sensação de ter absorvido toda a solidão e a falta de amor daquela criança,daquele menino de apenas 9 anos, já sem sonhos,sem brinquedos, sem comida, sem escola e tão necessitado de um papo,de uma conversa amiga.
Caros amigos, quantas lições podemos tirar desta resposta

"Não precisa não, a senhora já conversou comigo, isso é suficiente!"

Que poder mágico tem o gesto de falar e ouvir com amor!
Alguns anos já se passaram e continuam pedindo "pão velho"na minha casa e eu dando "pão novo",mas procurando antes compartilhar o pão das pequenas conversas, o pão dos gestos que acolhem e promovem.
Este Pão de Amor não fica velho, porque é fabricado no coração de quem acredita naquele que disse:

" EU SOU O PÃO DA VIDA"