sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Confira as mulheres campeãs de votos para a Câmara dos Deputados


Em seis estados, mulheres que já têm experiência nas urnas encabeçaram a lista dos mais votados para a Câmara dos Deputados. Elas dão crédito de suas conquistas para suas trajetórias políticas - nenhuma será estreante no Congresso - e também  para seus conjunto de propostas. Entre as campeãs de votos, há também quem apresente para o eleitor o peso de um sobrenome já conhecido na política local.
A deputada Ana Arraes (PSB-Pernambuco), mãe do governador reeleito no estado, Eduardo Campos (PSB), e filha do ex-governador Miguel Arraes, admite que já esperava o bom resultado nas urnas. “Esperava que ia crescer. O povo dava sinais”, disse Ana. De acordo com a deputada, a grande votação de Campos, eleito com 82,83% dos votos, contribuiu para que toda a base aliada fosse bem votada. “Foi um governo aceito e elogiado”, disse.
Para aumentar a representação feminina na Câmara, que hoje não chega a 10% dos 513 deputados, Ana afirmou que as mulheres precisam se dispor à vida pública. “As mulheres precisam compreender a importância da vida política”, disse. Ana preferiu não dizer quanto gastou na campanha eleitoral.
A deputada Dona Íris (PMDB) é casada há 42 anos com o candidato ao governo do estado, Iris Rezende, que foi para o segundo turno com 36,37% dos votos contra 46,32% de Marconi Perillo, do PSDB. Íris já presidiu o PMDB nacional e estadual. Segundo a deputada, os gastos com a campanha foram de R$ 1,8 milhão, mas ela não considera a campanha rica. “Foi uma campanha nos parâmetros normais, não foi rica, foi criativa”, disse ela em entrevista ao G1.
A deputada disse defender uma reforma polícia para que se evite que personagens como Tiririca sejam eleitos. “Ele se apresentou como um personagem. Vai se apresentar assim na Câmara? Quanto menos artifícios tiver melhor”, afirmou.
A deputada Fátima Bezerra (PT-RN) celebrou a reeleição como reconhecimento de sua atuação na Câmara. Ela comemora o fato de ter ajudado a levar 13 escolas técnicas e uma universidade, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), para o Rio Grande do Norte. “Antes, tínhamos apenas duas escolas técnicas”, afirmou. A deputada disse que atuará na promoção da reforma política. “É preciso haver financiamento público das campanhas. Está ficando insustentável enfrentar as campanhas políticas de hoje”, disse.
Com seus mais de 200 mil votos, a deputada puxou outra candidata pelo PSB à reeleição no estado, Sandra Rosado. Fátima disse que gastou cerca de R$ 400 mil na campanha.

Teresa Jucá, eleita deputada federal por Roraima, diz que o fato de ser ex-mulher do senador reeleito Romero Jucá não influenciou sua vitória. “Acho até desagradável uma comparação assim. Fui prefeita por dez anos, e agora volto com uma eleição consagrada. Não tem nada a ver uma coisa com a outra”, conta. “Nós somos do mesmo lado político e nos respeitamos muito. Assim como apoiei outros candidatos, ele me apoiou também. Mas o mérito é meu, é um reconhecimento justo”.
“Fiz uma campanha muito baseada no trabalho que já fiz como prefeita durante muitos anos. [Ter sido eleita] foi um reconhecimento desse trabalho”, disse, em entrevista ao G1. Ela disse que continuará apoiando José de Anchieta Junior (PSDB) no segundo turno para governador do estado. Teresa disse que pretende focar suas ações como deputada na questão da violência juvenil. “Me identifico muito com isso, é uma coisa que sei fazer. Quero me dedicar a essa área”, contou.
Marinha Raupp (PMDB)
Marinha Raupp foi eleita deputada federal de Rondônia com 15,58% (100.522) dos votos válidos. Ela não sabe informar qual foi o gasto total de sua campanha, mas avalia que o resultado “não foi fruto” de sua campanha e sim de seu trabalho. No segundo turno para eleger o governador do estado, ela apoiará o candidato de seu partido, Confúcio Moura, que conseguiu 44 % dos votos válidos no domingo (3), contra o candidato do PPS, João Cahulla, que teve 37,12%.
Entre seus principais projetos, está a promoção do desenvolvimento sustentável na região. Para ela, a participação das mulheres na política é bem vista no seu estado. “Aqui no meu estado, na Amazônia em si, as mulheres são altamente respeitadas na participação política. Nós temos essa sensibilidade ao ver uma região como a nossa em construção”, conta.
Pela segunda vez consecutiva a candidata mais votada entre as mulheres no Brasil, a deputada e jornalista Manuela D’Ávilla (PCdoB-RS) obteve 482.590 votos (8,72% dos votos válido no RS), sendo também pela segunda vez consecutiva, entre candidatos homens e mulheres, a parlamentar mais votada no RS -- em 2006, obteve 271.939 votos.
Para Manuela, a conquista é fruto do trabalho que vem desenvolvendo desde o início de sua carreira política. “Me sinto responsabilizada. O voto é uma forma de as pessoas demonstrarem crença no seu trabalho. Isso faz eu aumentar minha responsabilidade e responder com resultados”, disse.
Fonte: G1

TSE já julgou 38% dos casos de candidatos barrados pela ficha limpa


Levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgado nesta quinta-feira (7) mostra que, desde agosto, foram julgados 38% dos 177 recursos contra decisões dos tribunais regionais, que negaram ou concederam registros de candidatura com base na Lei da Ficha Limpa. A norma veta candidatura de político condenados em decisões colegiadas e que renunciaram a mandato eletivo para escapar de cassação.
Ao todo foram analisados 68 processos de candidatos barrados pela lei, dos quais 32 tiveram o registro negado. Segundo a assessoria do TSE, mesmo depois do primeiro turno das eleições, realizado no último domingo (3), o tribunal continua recebendo recursos.
A expectativa é que a partir de agora os julgamentos de processos que tratam da ficha limpa sejam mais rápidos, porque os ministros já definiram posição sobre a maioria das condições de inelegibilidade previstas na lei.
Como trata a norma trata de matéria constitucional, muitos recursos julgados no TSE estão sendo questionados no Supremo Tribunal Federal (STF), que vai definir se candidatos barrados pela Justiça Eleitoral, mas eleitos pelo voto popular, poderão assumir os cargos.
É o caso do deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA), que teve a candidatura questionada porque renunciou ao mandato de senador, em 2001, para evitar um processo de cassação. O recurso dele chegou nesta quinta-feira (7) ao STF e tem como relator o ministro Joaquim Barbosa.
O Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) liberou o registro de Jader, mas a Procuradoria Eleitoral recorreu ao TSE, que barrou o candidato com base na ficha limpa. Mesmo com registro indeferido, nas eleições do último domingo (3), Jader Barbalho recebeu 1.799.762 de votos e, caso não estivesse barrado, seria eleito em segundo lugar.
Débora SantosDo G1, em Brasíla

Governo não cumpre prazo e "Luz Para Todos" é prorrogado


O objetivo é garantir o atendimento a todas as famílias inscritas no programa e que tenham seus pedidos já contratados ou em fase de contratação
O prazo de execução das obras do Programa Luz Para Todos, que acabaria no final deste ano, foi prorrogado mais uma vez para que todas as pessoas inscritas sejam atendidas.
O Diário Oficial da União publicou nesta quarta-feira (6/10) o Decreto de nº 7.324, que estabelece que o novo prazo para a execução das obras do Programa Luz para Todos é dezembro de 2011.
O objetivo é garantir o atendimento a todas as famílias inscritas no programa e que tenham seus pedidos já contratados ou em fase de contratação.
O prazo para conclusão do programa já havia sido prorrogado para o final deste ano em virtude de novas famílias sem energia elétrica que foram encontradas.
A última ligação de energia elétrica foi feita, segundo consta o site do programa, no dia 27 de agosto em Santana do Araguaia (PA).

Por falta de quórum, presidente do TSE adia julgamento de Cássio Cunha Lima

A suspeição de dois ministros e a ausência de um em plenário adiou o julgamento do recurso ordinário 459910 impetrado pela defesa do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

O recurso de Cássio pretende refazer a decisão do TRE paraibano que negou o registro de sua candidatura ao Senado, com base na Lei da “Ficha Limpa”. 

O relator do processo, ministro Aldir Passarinho, pediu pauta para julgar o ex-governador nesta quinta-feira, 07, mas, como os ministros Henrique Neves e Joelson Dias se averbaram suspeitos e o ministro Marcelo Ribeiro não compareceu, o julgamento foi adiado por falta de quórum. 

A Procuradoria Geral Eleitoral já se manifestou sobre o assunto e decidiu pelo desprovimento do recurso. 

Na eleição do último domingo, 03, Cássio foi o candidato mais votado para o Senado com 1.004.183 votos. Caso, a decisão do TRE seja ratificada na Corte Superior, o terceiro candidato mais votado, Wilson Santiago (PMDB), que obteve 820.189 votos, passa a ser o titular da vaga. 


Da Redação
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