Este é o tumulo de Pedro Maia irmão de José Augusto Maia
Quando escreveu esta pérola de nossa MPB, o compositor parecia ter feito para este quadro registrado por mim às 12hs do dia de hoje. Sol causticante e lá estava eu no cemitério Pedro Paulo de Souza, visitando os túmulos de algumas personaldidades de Santa Cruz do Capibaribe, quando me deparei com um túmulo em total abandono. Veio a curiosidade: mas quem será a pessoa alí sepultada e o que teria feito de tão grave para ser esquecida pela família e pelos amigos? Que mal praticou e porque nem uma cruz com foto e nome para identifica-lo? Para minha surpresa e indignação, descobri tratar-se de uma da maiores expressões artísticas da história da cidade. Ele embalou uma geração e fez muitas pessoas sonharem com suas canções e com sua voz encantadora. Tocava violão e cantava nas serenatas, nos bailes e nas ruas. Era extremamente inteligente e querido pelos amigos. Fez fama ao lado do seu irmão. Insinou seu irmão a tocar violão e mostrou muitos caminhos à ele. Seu irmão fez fama também como cantor, comunicador e depois como político, chegando a prefeitura por dois mandatos consecutivos. Porém, mesmo a frente do executivo municipal por 8 anos, não foi capaz de dar um túmulo a altura do irmão falecido. Um dia disse a alguém "Vou fazer no túmulo do meu irmão um monumento em forma de violão". Mas simplesmente esqueceu. Coisas da vida! O descaso com a memória de Pedro Maia, deixa um sabor amargo nos que conheceram sua personalidade de perto, seu talento e sua importância para nossa cultura. Pedrinho...como era chamado pelos mais íntimos, contribuiu muito com a cultura de Santa Cruz do Capibaribe e não merecia tanto abandono à sua memória. No próximo dia de finados, se for da vontade de Deus, estarei novamente fotografando o local para constatar se esse meu desabafo gerou uma reação na família, sobrentudo, no também artista José Augusto Maia, irmão e herdeiro do talento de Pedro Tavares Maia Filho, nosso inesquecível Pedro Maia.
Marcondes Moreno
"Sei que amanhã quando eu morrer...
os meus amigos vão dizer que eu tinha um bom coração!
Alguns até hão de chorar e querer me homenagear, fazendo de ouro um violão.
Mas depois que o tempo passar, sei que ninguém mais vai se lembrar que eu fui embora.
Por isso é que eu canto assim: se alguém quiser fazer por mim, que faça agora!
Me dê as flores em vida, o carinho a mão amiga para aliviar os meus ais.
Depois que eu me chamar saudade, não preciso de vaidades, quero preces e nada mais..."
os meus amigos vão dizer que eu tinha um bom coração!
Alguns até hão de chorar e querer me homenagear, fazendo de ouro um violão.
Mas depois que o tempo passar, sei que ninguém mais vai se lembrar que eu fui embora.
Por isso é que eu canto assim: se alguém quiser fazer por mim, que faça agora!
Me dê as flores em vida, o carinho a mão amiga para aliviar os meus ais.
Depois que eu me chamar saudade, não preciso de vaidades, quero preces e nada mais..."
Quando escreveu esta pérola de nossa MPB, o compositor parecia ter feito para este quadro registrado por mim às 12hs do dia de hoje. Sol causticante e lá estava eu no cemitério Pedro Paulo de Souza, visitando os túmulos de algumas personaldidades de Santa Cruz do Capibaribe, quando me deparei com um túmulo em total abandono. Veio a curiosidade: mas quem será a pessoa alí sepultada e o que teria feito de tão grave para ser esquecida pela família e pelos amigos? Que mal praticou e porque nem uma cruz com foto e nome para identifica-lo? Para minha surpresa e indignação, descobri tratar-se de uma da maiores expressões artísticas da história da cidade. Ele embalou uma geração e fez muitas pessoas sonharem com suas canções e com sua voz encantadora. Tocava violão e cantava nas serenatas, nos bailes e nas ruas. Era extremamente inteligente e querido pelos amigos. Fez fama ao lado do seu irmão. Insinou seu irmão a tocar violão e mostrou muitos caminhos à ele. Seu irmão fez fama também como cantor, comunicador e depois como político, chegando a prefeitura por dois mandatos consecutivos. Porém, mesmo a frente do executivo municipal por 8 anos, não foi capaz de dar um túmulo a altura do irmão falecido. Um dia disse a alguém "Vou fazer no túmulo do meu irmão um monumento em forma de violão". Mas simplesmente esqueceu. Coisas da vida! O descaso com a memória de Pedro Maia, deixa um sabor amargo nos que conheceram sua personalidade de perto, seu talento e sua importância para nossa cultura. Pedrinho...como era chamado pelos mais íntimos, contribuiu muito com a cultura de Santa Cruz do Capibaribe e não merecia tanto abandono à sua memória. No próximo dia de finados, se for da vontade de Deus, estarei novamente fotografando o local para constatar se esse meu desabafo gerou uma reação na família, sobrentudo, no também artista José Augusto Maia, irmão e herdeiro do talento de Pedro Tavares Maia Filho, nosso inesquecível Pedro Maia.
Marcondes Moreno