domingo, 10 de agosto de 2014

Som abusivo consentido



O professor Arnaldo Vitorino explanou com maestria a real sensação de cada cidadão em relação ao excesso de propaganda política em som automotivo. Confira o texto abaixo:

Acredito que na cidade existam hoje mais de dez estações de rádios, revistas, blogs, etc. E uma quantidade infernal de veículos motorizados perturbando nos quatros cantos da cidade a vida de seus moradores, quem deveria proibir tudo isso é quem mais incentiva são os nossos políticos a quem damos um voto de confiança, isso chama-se “ATRASO”, como é que ainda se utiliza carros de som para perturbar a população se temos toda uma mídia mais moderna e eficiente. 

Não é fácil ter que bater na mesma tecla, fazer as mesmas reclamações e clamar por atenção das autoridades com relação ao excesso de barulho, especialmente quanto ao som eletrônico, sem necessidade, a qualquer hora, indistintamente. O cidadão não tem amparo aos seus direitos, cuidando o governo tão somente de cobrar deveres, ainda que a estes não correspondam nem mesmo direitos, diretamente relacionados. 

Em relação a ruídos excessivos há leis que os limitam em volume, no tempo e espaço, ou seja, não podem exceder determinada altura, conforme hora e local. Mas, o que se produz em ruídos, de todos os tipos, a extrapolar o limite da capacidade de tolerância humana, cresce a cada dia. 

E não é preciso ser autoridade médica, para entender que barulho em excesso é prejudicial à saúde, atingindo principalmente o sistema nervoso, razão pela qual muita violência ocorre em locais, onde o nível de barulho é muito alto. Entretanto, muito discurso, reuniões e mais leis são propostas, mas, de prático nada se produz para coibir abusos. Não é muito repetir que, ao contrário dos olhos protegidos por pálpebras contra excesso de luz, ouvidos humanos não têm proteção contra excessos sonoros. A razão está no fato de a natureza agir com economia, não criando o desnecessário. No caso dos olhos, a luz do sol, direta ou refletida, pode prejudica-los, por isso existem as pálpebras. 

Quanto aos ouvidos, estes estão adequados aos sons máximos produzidos pela natureza. Os excessos são produzidos pelo próprio homem por meio de máquinas e instrumentos criados. Cabe então ao próprio homem, por meio de leis e regulamentos emanados dos governos, o controle da produção e disseminação dos sons, para que os excessos destes não comprometam a qualidade de vida e a saúde da coletividade. Em relação aos excessos de som, seu tempo e espaço, no Brasil, leis até que existem, mas apenas para que não se diga inexistentes, pois os próprios governos (nos três níveis) e respectivos tentáculos as desconsideram, levando ao cidadão a sensação de completo abandono. 

Onde anda as autoridades, Policia, Ministério Publico, Prefeito, Vereadores?

Por Arnaldo Vitorino

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