OS POLÍTICOS DA NOVA ERA
O nosso planeta caminha, atualmente, para o fim de mais um ciclo evolutivo e início de uma Nova Era. As mudanças que se avizinham são de natureza física, mental e espiritual. O advento desta Nova Era passará, inevitavelmente, pela renovação da mentalidade política. Nada muda se a visão e o comportamento dos políticos não mudarem. Para o aprimoramento da sociedade deve-se trabalhar a fim de aumentar o número de pessoas esclarecidas, justas, éticas, competentes e com sensibilidade social nos poderes constituídos, de maneira que suas ações preponderem sobre a dos maus. Nesse sentido, deve-se fazer uma análise das chagas da sociedade, ou seja, de órgãos, de instituições, organizações, sistemas econômicos e políticos que entretecem e excitam o egoísmo de forma individual e coletiva. Se nas próximas eleições municipais, você quiser medir o grau de sintonia do seu candidato com a Energia da Nova Era, pensamos que é possível chegar a uma conclusão adequada aplicando um teste com sete pontos:
1º: Veja se ele pessoalmente é honesto. A Nova Era é a Era da Ética. Agora é o tempo de colocar em prática, finalmente, a fraternidade pregada pelo cristianismo durante os últimos dois mil anos. Os políticos desonestos não estão afinados com os novos tempos.
2º: Compare o discurso com a prática. Mesmo que não roube, um político pode dizer uma coisa e fazer outra, ou ter um discurso desvinculado das possibilidades práticas. A Nova Era não vive de sonhos vagos, mas sonha sobre aquilo que pode colocar em prática e coloca em prática aquilo que sonha.
3º: Examine se fala a verdade. Seu candidato deve ter um discurso. Ele deve dizer algo sobre a realidade. Deve ir além do sorriso e do tapinha nas costas. Assegure-se de que ele pensa por si próprio, e depois veja se o que ele fala é verdadeiro: se ele diz o que pensa e pensa o que diz. A Energia da Nova Era passa pelo coração das pessoas, e quem não fala com sinceridade ainda está por descobrir a enorme diferença entre astúcia e inteligência. O lobo faminto é astuto; o homem é inteligente.
4º: Examine se o pensamento é positivo. Veja se o candidato é moderado nas críticas aos adversários e concentra sua energia na descrição do que pretende fazer de bom. Político que pretende destacar-se atacando seus adversários funciona como um sanguessuga da energia vital alheia. Se um candidato dedica seu tempo a falar mal dos outros, mesmo que seja honesto, terádificuldades para fazer um bom trabalho depois de eleito devido ao mau carma inevitável do pensamento negativo. Criticar é fácil, e grande parte de políticos honestos fracassa quando tem uma oportunidade de governar porque aprenderam a criticar, mas não aprenderam a construir. Isto nos leva ao ponto seguinte.
5º: Examine se há uma postura criativa diante da realidade. Não basta ter slogans simpáticos e chavões atraentes. A Energia da Nova Era exige criatividade para que se possa construir o novo. Um político que se guia pelo passado não consegue sintonizar-se com os tempos atuais. Na etapa em que nos encontramos, o processo de transmissão da energia da nova era tem tido um excesso de energia negativa, destrutiva, e precisamos de gente que saiba focar o aspecto positivo da nova energia, construindo novas formas de relacionamento e convivência.
6º: Verifique se a política proposta é transparente e participativa. A democracia da Nova Era não consiste em escolher livremente quem se comportará como ditador durante os próximos quatro anos. A Energia da Nova Era, para ser construtiva, necessita que o povo seja ouvido em todas as instâncias e a todo o momento, e não apenas no dia das eleições. A transparência e a participação do cidadão nas decisões eliminam a corrupção da política.
7º: Veja se a política proposta prioriza a justiça social, a saúde, a educação, a segurança e o meio ambiente, no discurso como na prática. Não pode haver harmonia social se não houver harmonia com o meio ambiente. Nem pode haver paz social se não houver justiça. Mas não basta falar a esse respeito.
Estes sete itens estão intimamente conectados entre si e apontam para o que nós chamaríamos de “elevação do foco da consciência coletiva do País”. É indispensável que, embasados nos princípios éticos e morais, o cidadão trabalhe para remover as causas geradoras da miséria, da ignorância e dos vícios, convicto de que a ação política dos bons é um imperativo para se construir a Nova Era
Por Osman Neves
Osman Neves de Albuquerque é autor dos livros Um Ensaio sobre Espiritismo e Política (1998), O Poder do Voto e da Participação (2000) e Uma Lição de Ética numa Campanha Política (2002), além de vários artigos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário