O “Vou não, posso não” de Veneziano: assim como Cássio, prefeito quer advogar após o mandato
Mais do que antes, o prefeito Veneziano Vital do Rego (PMDB) está na fase de esconder todas as suas reais intenções. Eloqüente como poucos, faz isso com extrema maestria.
Em entrevista de quase duas horas na televisão, Veneziano se esquivou de se comprometer com qualquer discussão política futura. Não é candidato em 2014, não tem sucessor pra 2012, não quer presidir o PMDB da Paraíba.
Não quer nada! Faltou dizer que iria se refugiar num desses mosteiros no Tibet. Mas preferiu dizer apenas que, assim que terminar o mandato, vai “se atualizar” para mergulhar no exercício advocatício, “como meu pai (Vital do Rego) gostaria de ver”.
Agora, me digam, caríssimos leitores, alguém em sã consciência acredita que Veneziano Vital do Rego, liderança da segunda maior cidade do Estado, irmão de senador, filho de deputada federal, vai querer advogar depois que perder o mandato de prefeito e permitirá que o PMDB da Paraíba marche para um rumo qualquer?
Alguém acha que ele ficará indiferente aos próximos embates eleitorais?
Veneziano usa a palavra, coisa que melhor sabe manejar, para disfarçar seus reais planos. Nisso, é parecidíssimo com Cássio Cunha Lima.
Como dizia minha Vó: desconfie do homem que nega tudo.
Luís Tôrres
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