O aumento do aquecimento global provocado pelo efeito estufa pode causar, num futuro próximo, uma queda significativa na produção de energia renovável no Nordeste, a Região mais afetada com as mudanças climáticas no Brasil. A informação consta de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) dentro do programa Using Regional Climate Change Scenarios for Studies on Vulnerability and Adaptation in Brazil and South América (Usando Cenários de Mudanças Climáticas Regionais para Estudos de Vulnerabilidade e Adaptação no Brasil e na América do Sul). O vetor mais atingido será o hidráulico, que responde por mais de 85% da geração de energia elétrica na região nordestina. A pesquisa, inédita, divulgada hoje, no Rio de Janeiro, faz uma projeção de que, entre 2070 e 2100, a vazão do Rio São Francisco, que atualmente gira em média em torno de 2.850 metros cúbicos de água por segundo (m³/s), pode ser reduzida em 26,4%, diminuindo a capacidade de geração de energia hidrelétrica das usinas do rio em até 7,7%, no quadro mais pessimista estipulado na pesquisa para o futuro, o chamado “Cenário A2”, descrito como de altas emissões de gases que provocam o efeito estufa, principalmente o CO2 (gás carbônico).Outra matriz energética que será muito afetada no Nordeste é a eólica (vento). As mudanças climáticas causarão uma redução de 60% na velocidade dos ventos no interior nordestino, que, nas medições feitas em 2001, atingiam velocidades médias de 7,5 a 8 metros por segundo.
fonte: blog do Flávio Chaves
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