Desde a quarta-feira (29), a população de Santa Cruz do Capibaribe está tendo a oportunidade de conhecer o imaginário das populações ribeirinhas do São Francisco, através da exposição fotográfica itinerante Espelho D’Àgua, localizada na Avenida Padre Zuzinha, 221. A mostra é o resultado de um projeto homônimo realizado em 2010, que consistiu em uma série de quatro oficinas de fotográfica artesanal.
O projeto foi idealizado pela produtora, fotoativista e educadora Rachel Ellis, conta com curadoria do fotoativista e educador Miguel Chikaoka (PA) e produção da Arraia Produções, realizado com recursos do Funcultura. “Tendo o rio São Francisco como leito comum e a fotografia como afluente, Espelho D’Agua é um convite para navegar numa experiência que faz transbordar o sentido político e poético da água”, ressalta Rachel Ellis. O projeto percorreu 6.000 km das margens do “Velho Chico” com oficinas de fotografia artesanal para quatro comunidades ribeirinhas: Ilha da Assunção (PE), Olho d’Água do Casado (AL), Fazenda Santarém (BA) e Quilombola Barra da Parateca (BA).
Durante a exposição fotográfica, haverá a projeção de um vídeo, registro das oficinas nas quatro comunidades, que inclui depoimentos dos participantes sobre o processo de aprendizagem e de moradores com relatos de histórias tradicionais. Além de um mural com o passo a passo de como improvisar uma câmera fotográfica. “Essa exposição tem um olhar diferenciado e interessante sobre a população ribeirinha. Pois, todas as fotografias foram feitas com caixa de fósforo, através de uma técnica chamada pinlux”, destacou o gestor de Cultura, Gilberto Geraldo. No último dia da exposição, previsto para 29 de agosto, haverá uma oficina de pinlux (fotografia pin hole com caixas de fósforo).
Para não restar dúvidas que estamos a margens do rio, o ambiente sonoro ribeirinho será representado por recipientes microfonados cheios de água em que as pessoas poderão interferir, entre outras formas de interação. A exposição está aberta gratuitamente ao público de segunda a sábado, em dois turnos: das 7h às 17h e em seguida das 19h às 21h. Aos domingos, as visitas podem ser realizadas das 8h às 12h. Para não comprometer a estrutura da exposição, a organização solicita que as escolas públicas e privadas, que desejarem visitar a exposição, agendem suas visitas com o gestor de cultura do município.
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