Ari Rinaldo Feitosa tem 38 anos, que desde os 12 anos trabalha com confecção, já passou pelas feiras de Caruaru e do Centro de Santa Cruz do Capibaribe, mas na época que o Moda Center Santa Cruz foi inaugurado não teve condições de comprar um box e passou a vender sua mercadoria no calçadão.
O confeccionista relatou que acreditava que teria uma estrutura melhor do que o sofrimento das feiras de Caruaru e do Centro de Santa Cruz do Capibaribe, mas quando chegou ao calçadão, também conhecido por "poeirão", a realidade encontrada foi diferente do que ele esperava.
“Foram momentos difíceis, sem condições dignas de trabalho”, contou Ari Rinaldo, pai de família de dois meninos, ao descrever situações vivenciadas no “poeirão”. “Nós contávamos com uma estrutura desumana, quando chovia aqui parecia um chiqueiro, nossos clientes ficavam com os pés cheios de lama, no tempo seco era uma poeira terrível onde tínhamos que ficar limpando a mercadoria que se sujava. Não contávamos com segurança, nem com banheiros”.
Segundo, o confeccionista, fazia mais de sete anos que os comerciantes do local esperavam por melhorias e nunca haviam recebido nenhuma ação estruturadora por parte do poder público, até o início da construção do Novo Calçadão.
“Até que enfim, chegou alguém que deu uma dignidade de trabalho pra gente, não era nenhum luxo que a gente pedia, queríamos apenas um local digno para ganhar nosso pão”, relatou Rinaldo, se referindo à ação conjunta da Prefeitura Municipal com o Governo do Estado que investiu mais de 15 milhões na obra do Calçadão de Confecções Miguel Arraes de Alencar.
O comerciante também falou sobre a sua expectativa de trabalhar no Novo Calçadão. “Aqui a gente vai poder se estruturar, vai poder procurar perspectivas melhores de vida, nas condições que vivíamos não tínhamos perspectivas de melhora, nem autoestima para trabalhar, mas agora a gente vai ter novas possibilidades”, comemorou.
O Calçadão de Confecções Miguel Arraes de Alencar será inaugurado na próxima quinta-feira (18), a partir das 17h e vai beneficiar mais de quatro mil famílias confeccionistas da região do Polo das Confecções.
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