Filha do sertão
nordestino, dona de um timbre inconfundível e de uma energia eletrizante, Elba
Ramalho mantém a verve de iniciante e continua a contagiar o público por onde
passa e a levar seu canto agridoce para as mais diversas plateias nacionais.
Com três décadas de carreira, a Ave de Prata continua a dar um banho de
musicalidade.
São mais de 30 anos de uma
carreira iniciada no final da década de 70, quando, após integrar o elenco da
montagem original da peça “A ópera do malandro”, de Chico Buarque, surpreendeu
o país com o LP “Ave de Prata”, inspirado na composição homônima de Zé Ramalho.
O disco já incluía canções de compositores nordestinos, uma das marcas da
cantora ao longo da carreira, além da faixa “Não sonho mais”, de Chico Buarque.
Filha do nordeste brasileiro,
nascida no alto sertão da Paraíba, sob o signo de Leão, cercada de
religiosidade e fé, Elba herdou a musicalidade de seu pai, que a despertou cedo
para a mais sublime das formas de comunicação; a música. Foi também rodeada pelo
solo seco e vegetação árida que a cantora se familiarizou cedo com os mais
diversos ritmos da região: baião, maracatu, xote, frevo, pastoril, caboclinhos
e forrós. Gêneros que preservam a pureza de uma cultura eminentemente popular.
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