O deputado federal, Mendonça Filho, vai pedir ao Ministério de Minas e Energia explicações para o corte de cerca de 25% dos contratos em vigor, que está resultando na demissão em massa de funcionarios terceirizados. “O corte de terceirizados é o começo das demissões para adequação da Chesf à MP 579 do Governo Dilma, que mudou as regras de concessão para empresas de energia e impôs a Companhia uma perda de R$ 7,3 bilhões em ativos não amortizados”, denuncia Mendonça.
Em novembro do ano passado, durante audiência com o então ministro interino de Minas e Energia, Zimmerman, o deputado questionou sobre o risco de um programa de demissão voluntária na Chesf. Na época, Márcio Zimmermann não descartou a possibilidade de demissões na Chesf e reafirmou que a renovação das concessões para o setor elétrico obedecerá regra e as empresas terão que passar por um processo de enxugamento de custos para se adequarem as exigências do Governo.
“É inaceitável que o Governo Dilma decida, de forma arbitrária, desmontar a Chesf, uma empresa importantíssima para o Nordeste e fique por isso mesmo”, criticou. O deputado lembra que a A Chesf já perdeu autonomia e um plano de enxugamento vai significar perda de pessoal qualificado, de excelência técnica e efetivar o esvaziamento. Mendonça diz queas demissões na Chesf não devem ser vistas como uma questão coorporativa.
“A Chesf tem um quadro técnico qualificadíssimo e perder esses profissionais significa perda no planejamento e nos projetos de engenharia no setor de energia, que sempre foram referência nacional”, disse, ressaltando que isso afeta diretamente a qualidade do serviço prestado à população e resulta em interrupções no fornecimento de energia. O deputado recebeu informações de servidores da Chesf de que as demissões de funcionários terceirizados começam agora em janeiro. Por isso, solicitou à equipe técnica da liderança do Democratas, em Brasília, a preparação do pedido de informações sobre o processo de demissões na Chesf. Mendonça apresenta o requerimento de informações no retorno da atividade parlamentar, em fevereiro.
Para desonerar o setor elétrico, Mendonça sugeriu ao Governo Dilma que abra mão de impostos federais como os 9,5% do Pis/Cofins e contribuições sobre lucro, ao invés de sacrificar as empresas do setor elétrico. O parlamentar defende que o setor elétrico precisa de transparência, estabilidade e regras claras, que não mudem de acordo com o humor dos governantes. "O País está pagando um preço alto pela falta dessas regras. A gestão petista do setor elétrico mostra tem sido arbitrária e pouco eficiente. Os apagões são frequentes e o setor, claramente, precisa de correção de rumo”, completou.
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