quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Mendonça diz que a estratégia do Governo é abafar a participação de Rosemary Noronha na Operação Porto Seguro


O deputado federal, Mendonça Filho, afirmou após a audiência pública com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, para explicar a Operação Porto Seguro, que ficou clara a estratégia do Governo de abafar a participação da ex-chefe de Gabinete da Presidência da República, em São Paulo, Rosemary Noronha, no esquema investigado pela Polícia Federal. A ex-chefe de Gabinete  aparece nas investigações da Polícia Federal como uma peça chave no esquema de venda de pareceres técnicos em órgãos federais, revelado pela Operação Porto Seguro.
      “Mesmo as  investigações da Polícia Federal apontando Rosemary no centro da operação, o ministro insistiu em tratar a participação dela como sendo de um núcleo de servidores de segundo e terceiro escalão, ignorando a influência dela no Governo e até mesmo junto ao então presidente Lula, criticou Mendonça.  Autor da convocação do ministro, Mendonça Filho não ficou satisfeito com a explicação do ministro e da própria Polícia Federal para o fato de não ter sido quebrado o sigilo telefônico de Rosemary Noronha.  “A explicação foi de que não tinha justa causa para quebrar esse sigilo. Não entendi, porque a Rosemary aparece  como personagem central do esquema investigado pela Polícia Federal”, afirmou. 
   O parlamentar também perguntou ao ministro  se  algumas gravações feitas pela Polícia Federal teriam sido descartadas e se procedia a informação de que Rosemary acompanhou Lula em várias viagens presidenciais,  sem que sua  participação fosse registrada oficialmente como participante da comitiva oficial. O ministro disse que não tinha conhecimento do fato e remeteu a resposta para o Ministério das Relações Exteriores.
   Na audiência pública, Mendonça cobrou a ida à Camara dos Deputados dos envolvidos com a Operação Porto,  como a ex-chefe de gabinete da Presidência da República, Rosemary Noronha, o advogado-geral adjunto da União, José Weber de Holanda Alves e servidores da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Agência Nacional de Águas (ANA), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. "Espero que a sua presença aqui não seja interpretada pelo Governo como o suficiente para prestar todos os esclarecimentos necessários. É papel desta Casa apurar fatos como este e torná-los transparentes e para isso, é fundamental a vindo dessas pessoas", afirmou.
Assessoria

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