A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva e seu grupo político se reúnem em janeiro para definir a criação de uma nova legenda e de uma campanha nacional que ela pretende encabeçar pela aprovação de uma ampla reforma política por meio de um projeto de iniciativa popular. O local do encontro ainda não foi definido, mas provavelmente deverá ser Brasília. Com um capital eleitoral de cerca de 19,6 milhões de votos obtidos nas eleições de 2010, a ex-senadora não desistiu de disputar a Presidência em 2014. O problema é o partido.
Depois de 30 anos de filiação ao PT, Marina deixou a legenda e logo em seguida se filiou ao PV. No entanto, em função de divergências internas, acabou deixando a sigla no ano passado. Marina vem sendo pressionada por aliados a decidir rapidamente seu destino em função das burocracias necessárias para a consolidação de um partido. Há informações de que ele vai ser batizado de Partido Verde Socialista, mas aliados de Marina negam.
Para disputar as eleições em 2014 o novo partido terá que estar registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até setembro. Para isso, é preciso criar diretórios regionais em pelo menos nove estados e conseguir apoio de, no mínimo, 0,5% do eleitorado nacional. Por isso a decisão de já começar a tratar do assunto no início do ano.
Caso a nova legenda não se viabilize, aliados da ex-senadora defendem que ela se filie ao PPS, que ganharia novo nome e uma liderança nacional e competitiva para encarar uma campanha presidencial. Em seu blog, a ex-ministra nega que isso faça parte de seus planos. Marina tem também duas opções ligadas à área em que milita: filiar-se ao Partido Ecológico Nacional (PEN), reconhecido oficialmente em junho, ou ao Partido do Meio Ambiente (PAM), cujo processo de registro já está em curso.
“Em nenhum momento sinalizei interesse em fundar um partido a partir da fusão de outros já existentes. Se ocorrer a criação de um novo partido, oriundo desse movimento do qual faço parte desde que me desfiliei do PV, será fruto da expressão, da vontade e do adensamento das discussões realizadas pelo movimento“.
Fonte: Diário de Pernambuco
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