quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Deputados fracassam nas urnas


Dos 19 parlamentares pernambucanos que se candidataram aos cargos de prefeito e vice-prefeito, apenas quatro obtiveram êxito. Os deputados estaduais Edson Vieira(PSDB), Carlos Santana (PSDB), Izaías Régis (PTB) e Luciano Siqueira (PCdoB) venceram em Santa Cruz do Capibaribe, Ipojuca, Garanhuns e Recife, respectivamente. Os outros oito deputados estaduais, seis deputados federais e o senador Humberto Costa (PT) não conseguiram migrar para o Poder Executivo. Os parlamentares se concentraram em apenas onze municípios. Somente no Recife, dois deputados federais, dois estaduais e um senador entraram na disputa e apenas Luciano Siqueira conquistou o cargo de vice-prefeito na chapa de Geraldo Julio (PSB).
Considerando todos os Estados, apenas 16 deputados federais foram eleitos no primeiro turno. Entre senadores e deputados federais, 92 parlamentares se candidataram aos cargos de prefeito e vice-prefeito. Vinte deputados e dois senadores ainda estão no jogo e disputam o segundo turno.
Para o deputado estadual Izaías Régis, prefeito eleito de Garanhuns, a mudança para o Executivo é a chance de fazer mais pela cidade que lhe deu três mandatos na Assembleia Legislativa. "Sempre tive o sonho de ser prefeito de Garanhuns. A partir de 2013 vamos colocar em prática os projetos que temos para o município. A experiência como parlamentar vai ser muito importante na hora de captar recursos e investimentos para a cidade. A Assembleia teve um papel importante na minha formação política, mas o Executivo é bem mais recompensador", avaliou Izaías Régis, que já havia sido candidato a prefeito em 2000, sem sucesso. Ele teve agora 14,5 mil votos a mais do que o segundo colocado, Zé da Luz (PHS).
O salário de um deputado estadual pernambucano é de pouco mais de R$ 20 mil. Os parlamentares ainda podem contratar com até 26 assessores e administrar uma verba de gabinete mensal de R$ 56 mil. Os cargos de presidente, secretário e os líderes do governo e da oposição têm direito à uma cota extra de contratações que varia entre 10 e 26 pessoas.
Nos municípios, os orçamentos administrados pelos prefeitos variam de acordo com o tamanho da cidade e suas características econômicas. No Recife, por exemplo, o orçamento anual é superior a R$ 3 bilhões. Os cargos a serem distribuídos superam em muito os 26 à disposição dos deputados estaduais. Na capital, a administração atual tem cerca de sete mil cargos comissionados. 
Fonte: Jornal do Comercio

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