quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Recife: “Não cabe a nós dizer ao PT quem deve ser o candidato”


Senador Armando Monteiro conversa com Cadoca sobre múltiplas candidaturas e defende alternativa

Dando continuidade ao ciclo de conversas com os partidos da Frente Popular de Pernambuco, o senador Armando Monteiro, presidente do PTB estadual, recebeu em seu escritório, na tarde desta quarta-feira (25), o presidente do PSC, deputado federal Carlos Eduardo Cadoca, pré-candidato a prefeito do Recife. Armando e Cadoca conversaram por cerca de 40 minutos sobre a ideia, defendida por diversos partidos governistas, de se lançar mais de um candidato à Prefeitura da capital.

Armando Monteiro explicou, após o encontro, que o processo de consultas e conversas com os representantes das legendas ainda não se esgotou. Na próxima semana, ele deve se reunir com o deputado federal Eduardo da Fonte, também pré-candidato no Recife pelo PP. “Essa busca de alternativas é de interesse da própria Frente Popular. Por quê? Aquele que seria o candidato natural, o atual prefeito, tem revelado dificuldades para aglutinar as outras forças. E o próprio partido dele tem dificuldades para conduzir esse processo internamente”, ressaltou Armando.

Mas o senador fez questão de afirmar que, apesar da busca por uma alternativa, respeita o PT e rejeita qualquer tipo de interferência no processo interno do partido: “Não cabe a nós, não me parece próprio, que a gente vá dizer ao PT quem deve ser o candidato deles. Isso é querer se imiscuir num assunto que é do partido”.

No entanto, o senador explicou que os demais integrantes da Frente Popular de Pernambuco não podem ficar apenas esperando, passivamente, uma definição do PT. “O que é que nos cumpre? Procurar alternativas. Nós não podemos ficar a reboque, uma Frente não pode ficar caudatária inteiramente da definição de um partido, que pode ser uma definição que aglutine ou não”, salientou. E sobre isso, o deputado Cadoca acrescentou em seguida: “Daí a possibilidade de ter alguém, fora do PT, que aglutine e seja o candidato da Frente”.

Para Armando, toda a movimentação se justifica também em função do peso do Recife e da necessidade de inserir o município neste momento de forte desenvolvimento de Pernambuco. “Compreendendo a importância estratégica do Recife, pelo que o Recife representa, e sabendo também que esse projeto que vem mudando Pernambuco tem que ter no Recife uma tradução do ponto de vista político, seria difícil imaginar que essa Frente não pudesse ainda estar à frente dos destinos do Recife. Senão pelo partido que já ocupa a prefeitura, mas através de um outro partido que tem identidade com o projeto liderado pelo governador Eduardo Campos”.

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