quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Visitem o site do Museu Capibaribe




Com quantas imagens se retrata uma dor?
A dor, sentimento por muitas vezes subjetivo, cantado, decantado,  escrito e descrito por poetas, religiosos, psicanalistas e pela humanidade em geral, sempre assombra. Avesso da alegria e da probabilidade de paz, a dor tem o papel de paralisar, mesmo que instantaneamente, mesmo que apenas para confirmar a necessidade de mudança e de transformação.
Mas, algumas dores são objetivas, ou melhor, podem ser descritas na sua inteireza através de imagens, sejam elas fotográficas ou poéticas. Essa é uma dor física, palpável, absoluta, que corta na carne e reflete na alma.
Dentro dessa perspectiva da dor que é passível de captura através da imagem, montamos um recorte de alguns momentos dolorosos vivenciados pelo Rio Capibaribe, que ora agoniza, ora respira, ora se prostra à espera de salvação.
Os registros fotográficos foram realizados durante o projeto denominado Expedição Capibaribe e Um Rio de Gente que visitou várias cidades da bacia hidrográfica e registrou situações de dor do rio, suas margens, seu entorno e sua população. O poema O cão sem plumas foi publicado em 1949 e, já naquela época, João Cabral de Melo Neto retratava a dor do Capibaribe.
Fotografias de Tuca Siqueira. Fragmentos do poema O cão sem plumas, de João Cabral de Melo Neto. Curadoria e texto de Cida Pedrosa.

Eu quero nadar no Capibaribe. E você?


Por Arnaldo Vitorino

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