Por sugestão do deputado federal José Augusto Maia (PTB-PE), a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara realizará nesta terça-feira (08) audiência pública para discutir o Projeto de Lei 419/11, do deputado Aureo, do PRTB do Rio de Janeiro, que limita o comércio de bebidas energéticas a farmácias e drogarias.
O projeto também estabelece a obrigatoriedade de advertência, em local visível, sobre os riscos do consumo exagerado. Atualmente, não há restrições para a comercialização de energéticos. O relator da proposta na comissão, deputado Francisco Praciano, do PT do Amazonas, apresentou parecer contrário.
José Augusto Maia destaca que o consumo dessas bebidas cresceu cerca de 300% entre 2006 e 2010, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (Abir). O parlamentar petebista afirma que o impacto de seu consumo para a saúde humana tem gerado controvérsias.
“A ingestão abusiva de cafeína pode provocar sintomas como a ansiedade, agitação e hipertensão arterial. Alguns estudos apontam também para uma perigosa associação entre esses compostos e as bebidas alcoólicas, já que, ao mascarar os efeitos do álcool, poderia estimular o seu uso abusivo”, disse o petebista.
Por outro lado, Maia argumentou que, se o projeto for aprovado, haverá grande impacto econômico para os fabricantes das bebidas e as empresas importadoras. “É imprescindível, para a análise econômica do mérito da matéria, ouvirmos as partes envolvidas”, afirmou.
Foram convidados para a audiência:
- O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Brás Aparecido Barbano;
- O neurocardiologista do Hospital Espanhol em Salvador (BA) Marco Heleno;
- O presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas, Joaquim Ferreira de Melo Neto;
- O diretor dos Segmentos de Energéticos da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas, Clovis Henrique Ferreira Amorim.
A audiência está marcada para as 14h30 no plenário 5.
Fonte: site do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), com Agência Trabalhista de Notícias (FM), e informações da Agência Câmara de Notícias
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