segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Lixo hospitalar era reaproveitado como forro para bolsos


A razão social da empresa importadora da carga é Na Intimidade. Mas o nome fantasia é Império do Forro de Bolso. Ela tem duas fábricas: uma em Santa Cruz do Capibaribe e outra em Toritama, os dois municípios no Agreste do Estado. Ambas vendem tecidos para fazer forros de bolso.

A inspeção realizada na fábrica de Toritama, instalada na rodovia PE-90. No local, havia apenas um funcionário. “Ele disse que pegou a chave com o vigia da noite e recebeu orientação de abrir, no caso de alguém chegar”, contou Jaime Brito. O proprietário da fábrica ainda não foi identificado.

Na inspeção da última sexta à instalação de Santa Cruz do Capibaribe, um dos funcionários da fábrica disse que os 13 trabalhadores não sabiam que manuseavam lixo hospitalar. Não usavam, inclusive, materiais de proteção, como luvas. “Alguns até desconfiavam. Mas eram informados pelo dono de que não havia problema”, contou Jaime Brito.Além dos dois contêineres interceptados no Porto de Suape com 46 toneladas de lixo hospitalar, a empresa importou mais 14 contêineres, totalizando 322 toneladas do mesmo tipo de carga. A empresa foi interditada pela Apevisa por 90 dias. A entidade sustenta que outras seis cargas do mesmo material já teriam sido descarregadas em Pernambuco.

Do JC Online

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