terça-feira, 19 de julho de 2011

Homofobia ou direito de escolha?

A deputada Myrian Rios fez a seguinte declaração:

“Digamos que eu tenha duas meninas em casa e contrate uma babá que mostra que sua orientação sexual é ser lésbica. Se a minha orientação sexual for contrária e eu quiser demiti-la, eu não posso. O direito que a babá tem de querer ser lésbica, é o mesmo que eu tenho de não querer ela na minha casa.”

Esta declaração repercutiu e um famoso site respondeu o seguinte:

Nesse ponto dou razão a ela. Com essa posição sei que deixei muita gente enfurecida, até mesmo aqueles que concordam com ela, mas que não admitem porque não querem ser rotulados de preconceituosos.
Estamos vivendo uma espécie de novo período inquisitório. O preconceituoso é a nova bruxa. Quem não se lembrar do que foi o período de caça as bruxas na idade moderna.

Muitos de nós nutrimos algum tipo de preconceito, eu estou nessa lista, tenho diversos, alguns caíram conforme fui ficando mais velho, outros não. Por exemplo, quando era mais novo achava que tatuagem era coisa de gente sem noção, hoje eu já acho que tem gente sem noção que abusa das tatuagens.
Ter preconceito é natural. Antes de nos informarmos melhor sobre qualquer assunto concebemos uma ideia do que aquilo significa. Isso é um mecanismo de defesa que temos, institivamente procuramos nos tornar conhecedores do desconhecido para que o mesmo não nos meta medo.

Nesse caminho ignorante acabamos formando conceitos muitas vezes equivocados.
Lembram quando o Lula disse que a crise financeira era coisa de gente branca e de olhos azuis? Ninguém levantou a bandeira do preconceito, mas a frase é muito preconceituosa. Mas aí pode. Se trocássemos as pessoas brancas por argentinos negros, alguém reclamaria?

Myrian Rios tem razão em ter o direito de escolher quem deve trabalhar em sua casa. Acredito que, como mãe e de acordo com suas crenças, pode sim escolher quais influencias quer para seus filhos.

Vamos supor que ela não estivesse se referindo a orientação sexual, mas a orientação religiosa. Como evangélica imagino que a deputada não contrataria uma praticante da umbanda para trabalhar em sua casa. Ainda assim seria preconceito ou direito dela?
Muito bem, o preconceito só vale quando é contra uma classe que não tem o nosso apoio. Isso está comprovado.

Acredito que o melhor caminho para atenuar o preconceito é acabar com a ignorância.

Sou contra eventos como a parada gay porque mais causam ojeriza do que informam, preferia que livros fossem escritos contando o dia a dia dos homossexuais, mostrando que são iguais aos dos héteros.
Seria bacana mostrar aos ignorantes como é a vida de quem tem uma orientação diferente da deles, sem forçar a barra. Nada que fosse ofensivo, mas dando uma visão como “olha aqui, não há nada de errado em convivermos de forma harmoniosa sem que o seu jeito de viver ou o meu pareçam errados”.




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