sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Tiririca sabe ler e escrever!


Na campanha eleitoral Tiririca fez graça e afirmou não saber o que fazia um deputado federal. Mesmo assim queria ser um deles. No dia 3 de outubro ele não foi apenas um. Foi o campeão nacional com 1,3 milhão de votos.

A partir daí teve a candidatura contestada pelo Ministério Público Eleitoral, pois havia dúvida de que ele sabia ler e escrever. Pela legislação é proibido analfabeto ser candidato.

O deputado eleito Tiririca teve que passar por um teste prosaico: provar que sabe ler e escrever. Para tanto, o humorista leu trechos de jornais e reescreveu frases de um livro diante de representantes da Justiça Eleitoral.

Conforme o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, Walter de Almeida Guilherme, o humorista conseguiu ler e escrever – sem entrar no mérito se Tiririca o fez com habilidade ou não.

– É o juiz quem vai responder sobre isso – limitou-se a dizer.

O palhaço se recusou a fazer a perícia técnica para comparar sua escrita com a de sua mulher, que teria ajudado o deputado a preencher a declaração de instrução entregue à Justiça Eleitoral. Para provar suas aptidões, teve de ler a manchete da edição de ontem do Jornal da Tarde: “Procon manda fechar loja que vende itens vencidos”, e um trecho da reportagem reproduzida na capa do diário. Ele teve de ler outras notícias publicadas pelo jornal.

O ditado foi tirado da página 51 do livro Justiça Eleitoral – uma retrospectiva, editado pelo TRE paulista em 2005. A frase que Tiririca teve de escrever era “a promulgação do Código Eleitoral em fevereiro de 1932, trazendo como grandes novidades a criação da Justiça Eleitoral”.

O presidente do TRE acredita que a decisão do juiz Aloísio Silveira não deve interferir na diplomação do deputado federal eleito. Isso porque a decisão que permitiu que Tiririca concorresse não foi contestada.

Por Carlos Henrique 

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