A tarde desta quinta-feira foi inusitada no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip). É que um paciente, internado para tratar de um câncer, casou em plena enfermaria da unidade de saúde. O casamento de Renato de Souza Ferreira, 25 anos, e Daniela de Assis, 24, teve tudo o que qualquer celebração religiosa tem direito. Vestido, padre, padrinhos, familiares, convidados, bolo e tapete vermelho. Esta foi a primeira cerimônia matrimonial realizada dentro de um quarto da unidade de saúde.
“O paciente não quis fazer na capela. O casamento foi realizado aqui para que os outros amigos deles, que também estão doentes, pudessem acompanhar”, revelou a médica Riana Araújo, uma das profissionais de saúde que cuida Renato, sobre o que motivou a celebração ter sido realizada na enfermaria.
O quarto e o corredor do segundo andar do setor de oncologia estavam lotados. Além da família e dos amigos, pacientes e vários profissionais de saúde presenciaram a felicidade dos noivos. O sonho de casar era antigo, mas só agora eles conseguiram oficializar a união. O casal está junto há seis anos, mas já vive sob o mesmo teto há três, na cidade de Santa Cruz do Capibaribe, Agreste pernambucano.
O desejo de Renato e de Daniela em oficializar a união foi abraçado pelos funcionários do Imip. Para a cerimônia ser realizada o mais breve possível, os profissionais do hospital procuraram o padre Heleno da Silva, responsável pela capela da unidade de saúde, que conseguiu agilizar junto à igreja a rapidez dos proclamas. Já os médicos e a diretoria da ajudaram a apressar o cartório para a realização do casamento no civil. Tudo começou a ser organizado na última segunda-feira e a documentação ficou pronta hoje, mesmo dia em que o padre da capela estava disponível para celebração.
Quando a celebração do padre Heleno terminou, os noivos se beijaram, cortaram o bolo e brindaram com champanhe sem álcool. “Nos tornamos uma família”, contou Daniela. Com a voz muito fraca e baixa, Renato confessou seu sentimento: “estou muito feliz”.
Por Dulce Reis, da redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
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